domingo, 17 de outubro de 2010

O que é Sustentabilidade?
Raquel Nunes 21 de outubro de 2008



Segundo a Wikipédia: Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade.

Mas afinal de contas; O que é sustentabilidade? E o que quer dizer isso?

Sustentabilidade nos dicionários estará definida como a capacidade de ser sustentável. Mesmo parecendo uma redundância; esse conceito quando aplicado em relação à atuação humana frente ao meio ambiente em que vive é plenamente compreendido e se assenta como uma luva. Nesse contexto, entendemos que sustentabilidade é a capacidade de um indivíduo, grupo de indivíduos ou empresas e aglomerados produtivos em geral; têm de manterem-se inseridos num determinado ambiente sem, contudo, impactar violentamente esse maio. Assim, pode-se entender como a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma forma, devolvê-los ao planeta através de práticas ou técnicas desenvolvidas para este fim.

Desta forma, pode-se dizer que um empreendimento sustentável, ele devolve ao meio ambiente todo ou parte dos recursos que processou e garante uma boa qualidade de vida as populações que nele atuam ou que vivam nas imediações ou na área afetada pelo projeto. Garantindo assim, uma longa vitalidade e um baixo impacto naquela região durante gerações. Muito além das definições, o ideal de sustentabilidade total, onde toda a influência provocada, por um agrupamento humano ou em empreendimentos; é anulado através dos procedimentos adotados ainda é muito difícil. Mesmo assim, é importante ter em mente que adotar as práticas que transformem nossa presença em determinado lugar o mais sustentável possível é a única saída para determos a degradação ambiental que estamos experimentando nos últimos anos e as graves alterações climáticas que vemos causar grandes desastres em diversas partes do planeta.

É necessário entender o que é sustentabilidade é muito mais conhecer seu significado bonito e orientado para empresas e organizações ligadas ao meio ambiente. É muito importante entender e saber que a adoção de práticas sustentáveis na vida de cada indivíduo é um fator decisivo para possibilitar a sobrevivência da raça humana e a continuidade da disponibilidade dos recursos naturais.

Ao atuarmos de forma irresponsável e queimarmos indiscriminadamente nossos recursos naturais, sem dar tempo ao planeta para se recuperar, estamos provocando a escassez de recursos necessários a nossa sobrevivência e dificultando a vida de milhões de pessoas. Um exemplo clássico disso é a falta de água potável que muitas comunidades vem enfrentando em alguns países e que, se uma forma mais grave de escassez se manifestar, acabará causando guerras pela posse e conquista das fontes de água potável remanescentes.

Se todos entendessem a importância da adoção de práticas de sustentabilidade desde muito cedo; todas essas alterações climáticas poderiam ser evitadas ou retardadas ao máximo e os recursos naturais estariam disponíveis e fartos por muito mais tempo. O que daria tempo para a humanidade buscar formas mais eficientes para resolver esses problemas em longo prazo.

Ações aparentemente simples e de pouco impacto, quando tomadas por um grande número de pessoas, tornará a sustentabilidade uma realidade palpável e real em qualquer parte onde haja a presença humana e garantirá a sobrevivência de nossa espécie por muito mais tempo.
Localização: Ecologia Urbana » Conscientização » O Meio Ambiente e a Sustentabilidade
O Meio Ambiente e a Sustentabilidade
Raquel Nunes 24 de outubro de 2008



Nunca antes se debateu tanto sobre o meio ambiente e sustentabilidade. As graves alterações climáticas, as crises no fornecimento de água devido a falta de chuva e da destruição dos mananciais e a constatação clara e cristalina de que, se não fizermos nada para mudar, o planeta será alterado de tal forma que a vida como a conhecemos deixará de existir.

Cientistas, pesquisadores amadores e membros de organizações não governamentais se unem, ao redor do planeta, para discutir e levantar sugestões que possam trazer a solução definitiva ou, pelo menos, encontrar um ponto de equilíbrio que desacelere a destruição que experimentamos nos dias atuais. A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem a conservação do meio ambiente e a sustentabilidade de projetos econômicos de qualquer natureza deve sempre ser a idéia principal e a meta a ser alcançada para qualquer governante.

Em paralelo as ações governamentais, todos os cidadãos devem ser constantemente instruídos e chamados à razão para os perigos ocultos nas intervenções mais inocentes que realizam no meio ambiente a sua volta; e para a adoção de práticas que garantam a sustentabilidade de todos os seus atos e ações. Destinar corretamente os resíduos domésticos; a proteção dos mananciais que se encontrem em áreas urbanas e a prática de medidas simples que estabeleçam a cultura da sustentabilidade em cada família.

Assim, reduzindo-se os desperdícios, os despejos de esgoto doméstico nos rios e as demais práticas ambientais irresponsáveis; os danos causados ao meio ambiente serão drasticamente minimizados e a sustentabilidade dos assentamentos humanos e atividades econômicas de qualquer natureza estará assegurada.

Estimular o plantio de árvores, a reciclagem de lixo, a coleta seletiva, o aproveitamento de partes normalmente descartadas dos alimentos como cascas, folhas e talos; assim como o desenvolvimento de cursos, palestras e estudos que informem e orientem todos os cidadãos para a importância da participação e do engajamento nesses projetos e nessas soluções simples para fomentar a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente.

Uma medida bem interessante é ensinar cada família a calcular sua influência negativa sobre o meio ambiente (suas emissões) e orientá-las a proceder de forma a neutralizá-las; garantindo a sustentabilidade da família e contribuindo enormemente para a conservação do meio ambiente em que vivem. Mas, como se faz par calcular essas emissões? Na verdade é uma conta bem simples; basta calcular a energia elétrica consumida pela família; o número de carros e outros veículos que ela utilize e a forma como o faz e os resíduos que ela produza. A partir daí; cada família poderá dar a sua contribuição para promover práticas e procedimentos que garantam a devolução à natureza de tudo o que usaram e, com essa ação, gerar novas oportunidades de redá e de bem estar social para sua própria comunidade.

O mais importante de tudo é educar e fazer com que o cidadão comum entenda que tudo o que ele faz ou fará; gerará um impacto no meio ambiente que o cerca. E que só com práticas e ações que visem a sustentabilidade dessas práticas; estará garantindo uma vida melhor e mais satisfatória, para ela mesma, e para as gerações futuras.
Como Garantir a Sustentabilidade Ambiental?
Raquel Nunes 3 de outubro de 2008



Uma pergunta assalta e perturba muitos cidadãos conscientes, autoridades preocupadas com a situação do meio ambiente e as organizações que militam na área: Como garantir a sustentabilidade ambiental nas grandes cidades?

A resposta a essa pergunta atinge um caráter de urgência quando percebemos claramente os sinais de degradação e constatamos que o planeta sente, como nunca, o impacto do peso da vida humana e das ações predatórias longamente praticadas por nós. Manter as bases da economia e o estilo de vida das populações urbanas nos níveis atuais; onde o consumismo desenfreado e o descarte de grandes quantidades de materiais tóxicos e lixo é praticamente a ordem reinante e a lógica por trás de quaisquer ações humanas. Cedo ou tarde, os impactos desse modo de vida se tornarão irreversíveis e populações inteiras sentirão a mão pesada da natureza sobre suas vidas. Vencer as resistências locais e as políticas tradicionalmente aceitas como verdades absolutas; é a missão do novo pensamento que deve se espalhar e dominar as mentes e os corações dos “novos políticos” e do “novo cidadão”.

A grande realidade; é que para garantir a sustentabilidade ambiental nas grandes cidades, devemos praticamente abandonar o modo de vida que experimentamos até hoje e criar devida consciência nas massas e na classe dirigente de que a exploração desenfreada do meio ambiente só levará a destruição do planeta. Num sistema insustentável de produção, os recursos naturais planetários seriam exauridos muito rapidamente e proporcionariam problemas gravíssimos que seriam sentidos com um impacto devastados nos grandes aglomerados urbanos.

Fazer com que a aplicação de políticas garantidoras da sustentabilidade ambiental nas grandes cidades, representa uma realidade em que se leva em consideração à capacidade de reposição que o planeta tem de seus recursos e, ao mesmo tempo, manter medidas que permitam uma maior justiça social. As mudanças que já foram sentidas devem ser estimuladas e seus reflexos plenamente positivos em uma escala pequena; devem servir de exemplo para que nações e governos menores comecem a implementá-las e a sentir seus reflexos cada vez mais intensamente. Conseguir alterar as relações de consumo e educar a população para o real significado das políticas de conservação do meio ambiente pode ser a única forma de garantir a sustentabilidade ambiental de forma efetiva e com resultados em médio e longo prazo.

Fazer com que nossas populações questionem o seu modo de vida e fazê-las entender que se os recursos do planeta não tiverem “a oportunidade” de renovarem-se e de sustentarem-se sob a pressão de uma demanda constante de consumo exacerbado, a vida no planeta como a conhecemos acabará de forma dramática e somente através desse processo de conscientização poderemos garantir a sustentabilidade ambiental. O colapso das grandes cidades e os conflitos sociais e entre países serão inevitáveis e de proporções apocalípticas. Sendo os “vitoriosos” sobreviventes herdeiros de uma terra exaurida e devastada; incapaz de sustentar a vida e inútil para qualquer um de nós; ricos ou pobres.

Um dado estatístico pode corroborar muito bem essas relações problemáticas e perigosas entre populações urbanas e recursos naturais. Basta saber que para sustentar apenas um quarto da população mundial que habita nos países ricos, são necessários três quartos de todos os recursos naturais do planeta. Por essa simples constatação; pode-se perceber claramente que será impossível fornecer os recursos necessários para que todos os seres humanos possam atingir um padrão de vida razoável no ritmo de consumo atual. Somente com o desenvolvimento sustentável será possível garantir a sustentabilidade ambiental e com isso podermos reverter nossa atual situação.
EU E MINHA ESTUPIDEZ

quem não tem nada
não tem nada a perder
e quem implora de joelhos
não pode escolher
a dor e a tristeza
vão passar
como tudo um dia passa
se não te matar
ah, eu e minha estupidez
em um beco sem saída
ah, eu e minha estupidez
olhando o que eu
achava que era vida
todo mundo sempre tem
algo pra aprender
se quem espera sempre alcança
comece a correr
se eu soubesse o que hoje sei
não mudaria nada
o melhor de tudo isso é a viagem
e não a chegada
ah, eu e minha estupidez
em um beco sem saída
ah, eu e minha estupidez
olhando o que eu
achava que era vida

(jefferson canesqui)
Do mesmo modo que não podemos julgar um indivíduo pelo que ele pensa de si mesmo, não podemos tampouco julgar estas épocas de revolução pela sua consciência, mas, ao contrário, é necessário explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito existente entre as forças produtivas e as relações de produção.
( Karl Marx )

domingo, 30 de novembro de 2008

Terceira semana de Estágio

Na terceira semana de estágio de regência surge vários dilemas decorrentes dos imprevistos de uma sala de aula. È inevitável que uma em uma sala
de aula , o professor depare com situações novas, com as quais ele não sabe o fazer, porque não há receitas. Mas os dilemas , como aborda Zabalza devem ser transformados em desafios.
É a partir dessas situações desafiadoras que devemos analisar nossas metodologias, conteúdos e postura em sala de aula para criar melhores condições de aprendizagem para os estudantes. Sabe-se que nem todos os estudantes se encontram nos mesmo níveis de aprendizagem, sendo assim alguns precisam de mais atenção que outros. Há ainda a necessidade de serem realizadas atividades de acordo com o nível de cada aprendiz .
Isso tudo se torna desafio para um educador que busca proporcionar o avanço da aprendizagem dos seus alunos. O educador comprometido com o aprendizado de todo o grupo precisa estar em constante busca, pesquisa e reflexão para então poder ter uma prática eficiente com resultados significativos em sala d aula.

domingo, 23 de novembro de 2008

4° SEMANA DE ESTÁGIO
A 4° semana de estágio já nos permitia saber um pouco sobre o que é ser professor na alfabetização e quais os principais desafios que um alfabetizador encontra para contribuir com a aprendizagem dos alunos. Percebemos que a alfabetização deve ser contextualizada. E o processo de aprendizagem da leitura e da escrita precisa acontecer a partir de algumas perguntas como: o que a criança sabe e o que deve ser ensinado. É importante saber como ensinar para que as crianças aprendam. É fundamental que o professor saiba como conduzir o processo de alfabetização. Não basta ter conteúdos, é necessário, que o professor, como mediador do processo esteja atento para cada nível que cada criança se encontra para proporcionar o avanço da aprendizagem do alfabetizando. Ao trazer as brincadeiras e a construção de brinquedos para a sala de aula percebemos que as crianças aumentavam seu interesse em participar das atividades. Isso mostra a importância de se trabalhar com temas que as crianças gostam. Acredito que isso faz com que a aprendizagem se torne significativa e prazerosa.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

2° SEMANA DE ESTÁGIO
O estagiar é sem dúvida momento de pesquisar, refletir sobre o ambiente da sala de aula, rever na prática as teorias e procurar vivenciar esse processo de maneira tranqüila e cheia de aprendizagem. Digo isso porque ao chegar no CAIC, escola de estágio, um dos meus maiores desafios era em relação à gestão. Mas, na prática nem foi tão complicado assim.
Estabelecemos uma rotina, com a qual crianças logo se acostumou. Começávamos a rotina com música, fazendo a chamada na rodinha, contávamos histórias e esclarecíamos sobre as tarefas que viriam a seguir, e esse esclarecimento é importante para os educandos. Nessa segunda semana já estávamos acostumadas com as crianças e elas conosco, assim já facilitava o nosso trabalho, porque já conhecíamos eles um pouco mais. Buscávamos observar seus comportamentos não de maneira isolada, mas analisando o contexto e observando a particularidade de cada aluno e ainda tentando estabelecer uma relação de afeto com cada um deles, pois pesquisas como de Gauthier revela que o afeto assim como o elogio exerce enorme influência no processo ensino-aprendizagem.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Primeira semana de estágio

O estágio é um período de extrema importância na vida do estudante de Pedagogia, pois é quando estagiário se depara com a prática. Portanto nesse momento o aluno – estagiário traz todo seu conhecimento teórico e sai experiência para a sala de aula. O estágio também é período de construção de conhecimento.

Ao chegar no CAIC, que é a escola campo do meu estágio, me sentir cheia de incertezas e, em meio a tantas incertezas tive a certeza de que somente as teorias estudadas na academia não dão conta da formação docente. É preciso o contato com prática , até mesmo para que o estudante de Pedagogia possa refletir sobre a profissão.

Mas não podemos pensar que somente a prática é importante, pois como expõe Pereira (2008 ) devemos cuidar para não cometer o equívoco de achar que a prática é determinante para a construção dos saberes docentes. A prática deve ser refletida, não individualmente, deve ser uma reflexão contextualizada crítica para a partir disso poder intervir de maneira significativamente na realidade.


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sábado, 4 de outubro de 2008

A pesquisa como eixo da formação docente

Há algum tempo, a pesquisa era exclusividade dos acadêmicos ou de quem possuía nível superior, porém vem surgindo espaço para os profissionais da área da educação, ainda que não tenha chegado à universidade. Cresce a busca por professores-pesquisadores. Mas, às nem todos os professores mesmo os profissionais das academias cumprem seu papel de pesquisadores e ainda há quem defenda a idéia de que pesquisar deve ser apenas o papel daqueles que "detém o conhecimento".
Os pesquisadores brasileiros têm produzido muita literatura no campo da educação mas nem sempre isso se reflete nas escolas, talvez isso seja por causa do distanciamento entre quem produz o conhecimento e quem "consome", transmite esse conhecimento. A professora da educação básica, tem
sido, ao longo da história, uma mera transmissora dos conhecimentos que os pesquisadores acadêmicos produziram. Nesse caso a professora não vê sua realidade representada na teoria, o que a professora vive no cotidiano não é o que os teóricos descrevem em seus textos.
O pensar e o agir sempre estiveram distanciados com é colocam Estebam e Zaccur (2002, p. 17), " esta visão permanece dominante nos cursos de formação de professores, tanto no ensino médio, quanto na universidade."As disciplinas teóricas são trabalhadas no início do curso, enquanto que as práticas são realizadas no final do curso. Essa fragmentação dificulta a reflexão e compromete o processo ensino-aprendizagem e atrapalham principalmente a realização do estágio.
Quando o estagiário chega a sala de aula ele encontra uma diversidade de situações e descobre que as teorias que foram trabalhadas durante todo o curso não vão ser suficiente para responder às tantas dúvidas que provavelmente surgem nesse momento. E por isso a necessidade do professor estar atento, observando, refletindo sobre a realidade onde a prática é vista como ponto de partida e ponto de chegada e, ainda deve ser redimensionada a relação pedagógica devendo também ser realizada coletivamente para assim mudar a realidade.
Pesquisar deve ser também papel do professor porque é ele quem conhece a realidade da sala de aula e o contexto da escola é vivido de perto no seu cotidiano. Enquanto que o pesquisador acadêmico se aproximar de seu objeto através de indagações e avaliações para então diminuir a distância entre quem pensa e quem executa o ato de Educar.


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O estágio para quem não exerce o magistério

As reformas educacionais exigem que os professores adquiram certificado de nível superior, isso tem trazido os profissionais da educação para as salas de aula das universidades e eles se juntam com alunos que não tem experiência com o magistério. E estes quando chegam no período do estágio não se sentem preparados para assumirem uma sala de aula, principalmente porque não conhecem a realidade da sala de aula por conta do distanciamento entre teoria com a prática.
Nesse momento o estagiário que ainda não tem experiência aprendem não só com os professores da universidade, mas também com os colegas que já exercem o magistério. Pimenta e Lima comentam sobre o espanto dos estagiários quando chegam às escolas porque são muitas dificuldades encontradas. Mas no momento em que discente/estagiário chega a escola ele deve observar e buscar compreender o cotidiano da escola para poder intervir de maneira significativa tanto para a escola como para quem está chegando/passando no ambiente no qual o ensino-aprendizagem devem prioridade.
Pimenta e Lima apontam como dificuldade o distanciamento entre a universidade e escola e ainda, a presença de professores insatisfeitos que recebem os alunos/estagiários demonstrando um sentimento de frustração e desvalorização. Mas para facilitar um pouco o estágio as autoras orientam sobre a importância do estagiário ter claro os objetivos e planejá-los. É importante também perceber de perto a real situação da escola pública e a realidade da sala de aula e entender ainda, que a distância da universidade com a escola precisa ser diminuída.
O estagiário deve principalmente observar e respeitar as diferenças culturais e analisar como elas se reproduzem, perceber as particularidades da escola até mesmo no percurso da escola para a universidade, não apenas para criticar, mas para ver e buscar possíveis intervenções e assim se preparar para se tornar um professor pesquisador que utiliza as metodologias e teorias, o conhecimento acumulado durante sua jornada na universidade e, a partir da observação e reflexão exercer a "práxis" para que seu papel não seja apenas transmitir conteúdos desconectados da realidade.
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TRAJETORIA ESCOLAR

Aos cinco anos foi quando fui para a escola eu já gostava de estudar, minha mãe já havia me ensinado a fazer o meu nome sem olhar e copiar qualquer palavra, também já conhecia todas as letras do alfabeto. A escola municipal na qual minha tia era a professora funcionava na casa dela. As aulas eram realizadas com poucos recursos, tínhamos a cartilha tradicional como livro didático, mesmo assim eu amava estudá-la. A 1ª série cursei num prédio escolar, sempre com poucos recursos e o método tradicional, mas era prazeroso estudar. Lembro-me que quando estava na 2ª série, acho que por volta dos 07 anos eu disse a minha avó que eu queria estudar até o 10ª série. Ao contar para as outras pessoas minha avó dizia que eu queria me formar, ou seja, ela traduziu o que eu quis dizer. Quando fiz a 4ª série fiquei por 4 anos sem estudar porque o local em que eu morava, por ser zona rural, não tinha ginásio nem mesmo no distrito. Como era ainda uma criança e minha família não tinha condições de me colocar num pensionato ou algo parecido, fiquei esse tempo parada, mas com a esperança que um dia eu voltaria a estudar, só não sabia como.
Como Deus é providencial, conseguimos uma casa pra eu ficar em Jequié, foi quando eu voltei a estudar, já com 14 anos. Eu era considerada pelos professores como aluna nota 10: comportada, calada, organizada com as atividades e tirava sempre a maior nota nas avaliações dos professores. Certa vez, na 5ª série, uma professora me perguntou se eu havia estudado no primário em escola particular, e eu disse que não, pensei comigo: Ah! A senhora se enganou, eu estudei 04 anos numa simples escola da zona rural de outro município.
Desde o primário, eu já gostava de ajudar aos meus colegas quando eles estavam com dificuldades. Na 8ª série, uma professora de Língua Portuguesa, ao perceber que as minhas colegas conseguiram aprender com a minha ajuda, ela incentivou as outras alunas a ajudar os colegas com a recompensa de 1 ponto para quem conseguisse colaborar com o aumento da aprendizagem dos colegas.
No ensino médio cursei formação geral e pensava sobre qual curso queria fazer. Já havia pensado em várias áreas. Quando criança, eu só pensava em bancária, depois no ensino fundamental falava com as suas colegas que seria advogada, depois queria ser veterinária. Só após terminar o ensino médio e está estudando num cursinho pré-vestibular, no ano de 2003, eu decidir fazer pedagogia, mesmo assim, depois de passar o ano inteiro tentando decidir entre pedagogia e letras. Minha mãe comprou um livro que veio acompanhado de um manual do vestibulando, neste manual continha testes vocacionais e ainda os cursos, o que é o curso, quais são as disciplinas e a duração de cada um. Foi quando resolvi fazer vestibular para pedagogia, foi o primeiro e o único exame vestibular que fiz até agora.
Ao ver as áreas em que o pedagogo pode atuar, percebi que o mercado de trabalho é bom para este profissional, apesar de não ter uma alta remuneração. Desejei fazer este curso e estou gostando por está estudando ciências humanas e sociais, me ajudando a compreender a aprendizagem e o desenvolvimento das pessoas e também estou crescendo não só intelectualmente, mas buscando me conhecer de maneira que possa através de minha postura e da minha prática ajudar outras pessoas no seu desenvolvimento.
No estágio realizado no sétimo semestre do curso me fez ver na prática muito daquilo que venho estudando na teoria. Na escola municipal Padre Antonio Molina, onde estagiei com crianças de 04 anos, me apoiei em teorias como Maria Alice Silva, Emilia Ferreira, Piaget, Vygotsky e Paulo Freire, dentre outros estudiosos da educação. Para a criança cada passo é importante para a aprendizagem e o professor deve estar sempre atento para isso. O educador precisa observar sua turma e avaliar cada criança individualmente, perceber o nível de desenvolvimento em que está à crianças e através das atividades proporcionar o avanço.
Nesse sentido, Souza (1994, p.19), afirma que "é fundamental que o professor tenha claro qual o objetivo da atividade que está trabalhando e qual a direção a ser seguida para alcançar objetivos a longo prazo". É importante que o professor proporcione situações para que a aprendizagem seja significativa para a criança. A criança aprende rápido, é impressionante a facilidade que elas têm para aprender, mas, certamente a aprendizagem deve ter um significado para a vida se não elas esquecem. O professor deve propor desafios para as crianças, motivá-las e considerar os conhecimentos prévios, os fatores afetivos, cognitivos e sociais, tudo isso tem grande influência na aquisição de novos conhecimentos.
Percebi durante o estágio que a criança lê o mundo que a rodeia muito antes do aprendizado sistemático da leitura e da escrita, sendo importante levar em consideração seus níveis de aprendizagem, o fator cognitivo e a forma que o professor passa o conteúdo para seus alunos. O professor deve ser mediador nesse processo, de maneira que proporcione o desenvolvimento global da criança. O educador deve conhecer os seus alunos e também conhecer-se, ter compreensão e autenticidade para também permitir e proporcionar que seus alunos se desenvolvam, não apenas intelectualmente, e que sejam seres autônomos e com habilidades para enfrentar as mudanças, sem usar de imposição e autoridade para viver bem com a sociedade.
De acordo com Seber (1997, p. ):

Temos de poder reduzi-la ao mínimo para poder estabelecer o mais rapidamente possível de reciprocidade afetiva intelectual com as crianças. De fazê-las compreender em lugar de impô-las. Não impor regras antes que estas sejam inteiramente compreensíveis e tratar de fazê-las compreender a partir da própria experiência – a isso deveria ser dirigido nossos esforços.

As crianças que trabalhamos ainda estavam desenvolvendo sua personalidade, pois sua faixa etária era de 04 anos, portanto tentávamos ter cuidado com nossa postura, porque a criança imita o adulto, principalmente, quando este se encontra na condição de professor. As crianças vêem os adultos como pessoas que sabem tudo, foi isso que uma criança me disse quando ainda estávamos no período de observação. Ela me perguntou o que estávamos fazendo ali e afirmou que "quem é grande sabe tudo". Eu disse que quem é grande também aprende com crianças. Nessa fase as crianças precisavam desenvolver-se integralmente, elas devem estar motivadas a participar das atividades para aprender hábitos de higiene e a se relacionar com outras crianças. Esse interesse só é possível se for através de brincadeiras. No período de co-participação, quando a professora regente falava sobre trabalho, as crianças disseram que "É a gente trabalha", e perguntamos: "Vocês trabalham?" E elas responderam: "É, a gente brinca." Então percebemos claramente como elas levam a sério a brincadeira. Quando brincam as crianças imaginam uma realidade.
Nesse contexto, acrescenta Vygotsky (1998, p.126 e 127) "É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentives fornecidos pelos objetos externos". Ainda ressalta "a ação numa situação imaginária ensina a criança a dirigir seu comportamento não somente pela percepção imediata dos objetos ou pela situação que a afeta de imediato, mas também pelo significado desse significado".
Percebemos como as crianças interagem e se relacionam quando brincam, umas não querem dividir com os colegas os brinquedos, outras são agressivas, isso mostra traços da personalidade que está se formando e ainda está em tempo de ajudá-las nessa fase de desenvolvimento a se relacionar em grupo, respeitar os colegas e a compartilhar. Certamente o brinquedo está relacionado ao desenvolvimento. Vygotsky (1998, p.133) salienta que: "Tudo que diz respeito à criança é realidade e brincadeira".
Baseando-me nesses teóricos e nas discussões realizadas ao longo desses sete semestres realizei o estágio, considero que de maneira tranqüila e enriquecedora, apesar de ter sido um grande desafio por que nunca havia me encontrado na condição de professora. Acredito que foi possível encarar um desafio porque tenho um Deus que me permitiu e uma colega e amiga chamada Patrícia, competente e corajosa que juntas conseguimos passar esta fase com sucesso.
Agora que já estou iniciando o oitavo semestre, prestes a realizar o próximo estágio e chegando ao final do curso são muitas as expectativas pois, apesar de já ter realizado um estágio, sei que será diferente não somente o nível da turma, mas também a realidade porque cada localidade, cada comunidade tem a sua particularidade consequentemente sua necessidade e é por isso que eu também vejo que é importante a fase de observação na escola.